O terramoto de 1 de Novembro de 1755 destruiu quase completamente as casas situadas dentro das muralhas do castelo de Albufeira. Por isso, o Juiz José de Mendonça, na segunda metade do século XVIII, mandou construir o seu palacete na sua propriedade já fora das muralhas e mais afastada da costa.
Sobre a porta principal está colocado o seu brasão de armas, atribuído em 1773, indicando as quatro famílias nobres de que era descendente, as famílias Mendonça, Vieira, Matos e Moreira.
As atuais lojas no rés do chão eram estábulos e armazéns para as colheitas agrícolas. Nas traseiras da casa, o arco dava passagem sobre a Rua dos Arcos para os pomares da propriedade.
Em 1779, o Juiz foi nomeado Ouvidor de Alagoas, partindo para o Brasil de onde não regressou, tendo sido mais tarde Desembargador na Baía e alcançado grande riqueza. Vários dos seus descendentes foram distinguidos com títulos de Nobreza no Império do Brasil.
Em 1812, doou os seus bens em Albufeira a seu irmão Coronel Bernardo de Mendonça, Capitão-Mor de Albufeira.
A Casa dos Arcos conserva a lembrança da receção à Rainha D. Amélia pelos Viscondes da Orada quando da sua visita a Albufeira em 1902.
Após o falecimento dos Viscondes da Orada em 1917, o palacete manteve-se na posse de familiares até aos dias de hoje.
Permaneceu como uma residência familiar até 2017, onde se iniciou um projeto de requalificação, procurando renovar e manter a traça da casa. Neste ano abriu pela primeira vez ao público como Guesthouse. Procurando proporcionar uma experiência única aos seus hospedes.